Sábado, 8 de Março de 2008

Balanço do 2º Período

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Mais um período passou e chegado o fim deste 2º período, o grupo “Canecas Partidas” começa já a sentir, com ansiedade, o cheiro a férias, pois, já há a necessidade de algum descanso por parte dos elementos do grupo. No entanto, antes de podermos começar a desfrutar do tempo de férias, é necessário que façamos um balanço do trabalho desenvolvido neste projecto, ao longo do 2º período.

Desde o início do ano lectivo que já havíamos delineado os objectivos para este período, e estes consistiam em realizar os inquéritos a uma pequena amostra da população Canecense, e ainda, começar a analisar e averiguar as possíveis potencialidades das práticas associadas à ideia de “o campo na cidade”. Deste modo, foi com grande esforço e dedicação que o grupo cumpriu, com mérito e atempadamente, os objectivos a concretizar.

No que se refere às actividades que o grupo “Canecas Partidas” desenvolveu no decorrer destes dois meses e meio, podemos referir que este esteve bastante activo, e assim concretizou diversas actividades, nomeadamente, a realização dos inquéritos, que nos permitiram ter um conhecimento mais generalizado sobre a opinião das pessoas, relativamente à permanência e valorização da actividade rural nos centros urbanos. Foi com bastante dedicação e empenho que todos os elementos constituintes do grupo puseram mãos à obra e elaborámos, concretizámos e analisámos, em termos gerais, os inquéritos, mesmo com todas as dificuldades a nível técnico. Enquanto realizávamos os inquéritos, íamos divulgando o nosso blogue, pelo que, imprimimos uns pequenos folhetos, distribuindo-os pela população de Caneças e, também, pela nossa escola, a fim de darmos a conhecer o nosso trabalho a um maior número de pessoas.

Importante será de referir, a preocupação que tivemos em dinamizar e personalizar, cada vez mais, o nosso blogue, tornando-o mais interactivo e interessante, principalmente, através da produção de novos vídeos, criados a partir dos resultados das reportagens fotográficas e, através da actualização regular dos blogues hiperligados ao blogue principal (“Canecas Poéticas” e “ Canecas Noticiarias”), onde era possibilitada a leitura de novos poemas e o conhecimento de todas as actividades que os elementos do grupo andavam a desenvolver, isto é, as notícias que marcavam o nosso dia-a-dia e estados de espírito caracterizadores do ambiente em que eram executadas essas mesmas actividades.

Porém, não foi só neste sentido que divulgámos o nosso trabalho e, consequentemente, o nosso blogue, uma vez que criámos um hi5 com fotos do grupo e dos locais de estudo. Numa altura em que o hi5 representa uma porta aberta a novos horizontes, onde a comunidade estabelece um determinado tipo de relações, achámos relevante utilizar este meio, de forma a chegar mais longe na divulgação do nosso projecto. Assim sendo, enviámos uma mensagem a todos os nossos contactos, falando sobre o nosso blogue e a temática abordada, de forma a visitarem-no; também criámos, neste mesmo hi5, um grupo intitulado por “Canecas Partidas” para quem quiser juntar-se a nós, na luta contra o excesso de urbanização, privilegiando um maior contacto com a natureza.

O contacto com a população foi algo que tentámos implementar e/ ou reforçar no nosso trabalho e, para tal, tentámos divulgar, mais uma vez, tudo o que até agora foi feito, quer abordando as pessoas na rua quer interagindo com o Jornal da Escola, para o qual escrevemos um artigo a anunciar a temática e o desenvolvimento do nosso projecto. Para além disso, tentámos estabelecer contacto com a Associação dos Amigos de Caneças, a fim de escrever um artigo para o jornal regional de Caneças – “O Caneças”. No entanto, fomos tarde demais, já que a edição já estava a ser publicada, ficando esta tarefa invalidada.

Por outro lado, tentámos estabelecer um contacto mais personalizado com o CCC, sendo que começámos a utilizar o mailing list, de forma a divulgar e chamar a atenção dos envolvidos neste grandioso concurso, para a progressão deste grandioso projecto, que a cada dia que passa se vai fundamentando mais. Tirámos algumas dúvidas com o Sr. José Carlos Mota, através do e-mail cidadescriativas@vista.aero, o que resultou em algo fundamental para as técnicas de elaboração do projecto.

Para o fundamentar mais, atribuir-lhe uma maior consistência, veracidade e validade, executámos uma breve apresentação em PowerPoint com os tópicos fundamentais sobre os objectivos do projecto, as metodologias seguidas, os aspectos positivos e negativos, entre outras coisas; a qual foi apresentada em todas as disciplinas, incluindo no Concurso das Cidades Criativas (CCC), na Escola Vergílio Ferreira, em Lisboa, permitindo-nos debater e/ ou discutir o tema com os nossos colegas de escola e com o representante do concurso CCC, José Carlos Mota, recebendo, desta forma, ideias para o nosso trabalho e até sabermos se é um projecto viável ou não.

Para além dos objectivos pretendidos e alcançados, também realizámos uma segunda visita ao Presidente da Junta de Freguesia de Caneças, o Sr. Armindo Pires Fernandes, em que num ponto mais avançado do nosso trabalho, pudemos expô-lo e pedir-lhe a sua opinião acerca deste. Com a sua amabilidade e disponibilidade, que o caracterizam, recebeu-nos muito bem, como da última vez, e mostrou-se interessado no nosso trabalho, incentivando-nos a continuar no bom caminho. No que diz respeito à potencialização das práticas rurais em Caneças, é algo que o Sr. Armindo Pires gostaria de fazer, mas devido a alguns entraves, principalmente a nível económico, não o é possível, mas, o que estiver ao seu alcance, confidenciou-nos, ajudar-nos-á a levar este projecto avante.

Ainda durante este período, deslocámo-nos até Odivelas, no âmbito do concurso CRIARTE, para fazermos uma apresentação do nosso trabalho em PowerPoint, a fim de expormos o nosso projecto e eventuais dúvidas e questões, importantes de ver esclarecidas. Constatámos que esta sessão foi bastante útil, pois deram-nos várias sugestões e conselhos, disponibilizando-se para nos fornecer o material de que necessitássemos, como por exemplo, a Carta de Solos. Ainda no âmbito deste concurso, realizámos uma visita de estudo à Cascais Natura, mais precisamente, ao Ecoparque do Pisão e à Pedra Amarela, uma visita que nos proporcionou um contacto mais personalizado com o local, dado que foi-nos mostrado o lugar preciso onde antes era praticada a actividade agrícola e, onde se pretende preservar e promover a biodiversidade, sendo possível constatar a necessidade de combater o excesso de urbanização e evidenciar o concílio de algumas actividades com este espaço, tais como: a existência de desportos radicais, para miúdos e graúdos, transformando assim uma área entendida como repulsiva, em atractiva. Destes encontros, apenas é possível tirar vantagens, pois, ajudou-nos bastante na fundamentação do nosso projecto, com a apresentação de algumas formas de potencializar a actividade agrícola dentro de espaços urbanos ou rodeados por espaços urbanos.

Em termos mais teóricos, realizámos um vídeo, onde é apresentado o resultado da reportagem fotográfica realizada no 1º Período, podendo identificar o contraste existente entre as características rurais e as características urbanas, existentes na freguesia de Caneças. Também construímos um mapa interactivo e um photo show, para permitir aos visitantes do nosso blogue, saber onde se localizam, a nível geográfico, os locais carismáticos de Caneças.

Como podemos averiguar, foi um período marcado pelo enorme e constante exercício de actividade, o que, todavia, não representa a concretização de todas as tarefas. Houve algo que falhou e não correu como o previsto: a ida aos Viveiros Municipais de Famões. Tendo sido uma proposta do nosso professor, aceitámo-la logo, avaliando-a como bastante viável, reunindo esforços para a realizar. Contudo, foram muitos os obstáculos que se colocaram, impedindo a concretização desta visita. Mas, não tencionamos baixar os braços, pois, achamos fundamental visitar este espaço, que constitui uma importante forma de potencialização e dinamização da actividade agrícola, a nível pedagógico, em Caneças.

Uma das conclusões a que chegámos no decorrer deste 2º período foi que, a existência de Jardins “Familiares” é uma forma de proporcionar às pessoas um contacto privilegiado com a natureza, onde podem ter as suas hortas e, assim, usufruir dos benefícios da prática agrícola.

A Suiça é um exemplo dos muitos países em que os Jardins "Familiares" (vastos espaços particulares, divididos em diversas parcelas arrendadas por várias pessoas) são, de facto, uma boa forma de valorizar a actividade agrícola, não só a nível económico, mas também a nível de lazer, pois permite uma maior interacção com a natureza.

Outro dos pontos altos deste período foi a descoberta de hortas urbanas, em Portugal. Após alguma pesquisa, foi possível concluir que a Agricultura Urbana é realizada em pequenas áreas dentro de uma cidade (vila ou bairro) e que se destina acima de tudo à produção de cultivos para utilização e consumo próprio ou para a venda em pequena escala, em mercados locais. As áreas preferencialmente utilizadas para cultivar nas cidades, isto é, as práticas da Agricultura Urbana têm lugar, acima de tudo, em quintais, em terraços ou pátios, em espaços ajardinados comunitários e em espaços públicos não ocupados por edificações.

Concluímos também que o cultivo das “Hortas Urbanas” é feito com diversos objectivos. Por exemplo, as famílias mais abastadas fazem-no pelo prazer de desenvolver uma actividade ao ar livre e, simultaneamente, beneficiar das vantagens de produtos mais frescos. No entanto, as classes mais desfavorecidas da sociedade praticam esta actividade, porque as “Hortas Urbanas” assumem um papel fundamental na economia familiar, quer como provisão, quer como fonte de rendimento.

Com toda esta problemática, está relacionado o Arquitecto Ribeiro Teles que já há alguns anos tem vindo a explorar e divulgar as “Hortas Urbanas”. No entanto, ressalvar a importância que tem a aliança entre as práticas agrícolas e os serviços, pois, não queremos que as nossas cidades se tornem puros campos, onde não existe o mínimo de condições e, por sua vez, onde não existe qualidade de vida. O que pretendemos é uma moderação entre espaços urbanos e espaços rurais, para que este conhecimento de trabalhar a terra não se perca.

Por isso, é fundamental que Caneças se potencialize nesse sentido, já que tem vindo a perder esta sua característica de zona semi-rural. É importante tentar preservar e promover esta sua identidade. Como nos relatou o presidente da Junta de Freguesia de Caneças: “Caneças não pode perder a sua identidade, a sua cultura, o seu passado, a sua tradição.”. Temos de revitalizar/ recuperar a face agrícola de Caneças, antes que seja tarde demais.

Como já foi referido no “Balanço do 1º Período”, o empenho, a dedicação, o esforço e a disponibilidade, foram palavras que estiveram na ordem do dia. Achamos que este concurso está a ter um impacto, a nível nacional, enorme, assim como a sua adesão, inicialmente, pelo que, vangloriamos esta iniciativa e congratulamos aqueles que, todos os dias trabalham no sentido de dinamizar e desenvolver este projecto, dando-lhe grande visualização.

O nosso grupo tem tentado reunir esforços a todos os níveis, de forma a fazer face a todas as solicitações que nos são feitas. Contudo, nem sempre é possível chegar ao termo que pretendemos, sendo que ficamos aquém dos nossos desejos. Quer isto dizer, que temos encontrado bastantes problemas no que diz respeito ao meio informático, pois, surgem-nos vários problemas nesse sentido, quer vírus quer programas desactualizados quer problemas na Internet. Esta tem sido uma das nossas grandes dificuldades, que tentamos combater, pedindo auxílio a quem entende destes assuntos, porém nem sempre é possível concretizar as tarefas sem um grande dispêndio de tempo, causado, sobretudo, pela falta de prática e de sabedoria nesta área.

Olhando noutra perspectiva, relevante de salvaguardar a importância do ano escolar em que nos encontramos, ou seja, o 12º Ano é um ano crucial nas nossas vidas, no nosso percurso, e constatamos que não nos é possível dedicar tempo suficiente a este projecto, como gostaríamos, dado que o tempo assim o não permite. Somos obrigados a dar atenção a outros assuntos, também com a sua importância, mas que por vezes vêm limitar a acção nesta disciplina. Por isso, achamos fundamental que haja uma melhor gestão de tempo e, consequentemente, de tarefas entre professores.

Além disso, é unânime no grupo que devia de haver uma maior divulgação do concurso CRIARTE. Achamos que o concurso, em relação à sua importância, não está a ser devidamente divulgado. Só ultimamente é que se tem ouvido falar mais dele, devido a algumas expedições que têm sido realizadas. Concordamos que deve ser um ponto que deve ter a sua reflexão e aqui deixamos a nossa opinião.

Em suma, as “Canecas Partidas” pensam que este 2º Período foi essencial para a elaboração e continuação deste projecto, uma vez que vários pontos foram abordados e são cruciais para o nosso trabalho. É da nossa vontade que este projecto venha a ser pegado mais tarde, e para tal, é nosso objectivo deixar o trabalho de casa devidamente feito. As cidades são importantes, assim como a natureza. Não vamos virar a cara a quem nos mantém vivos.

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publicado por canecaspartidas às 02:24
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